Um dia de herói

Despertou de uma só vez. Saltou da cama. Pôs-se de pé em sentido de prontidão. O sorriso iluminou ainda mais o quarto juntamente com os primeiros raios da manhã. Dirigiu-se ao banho com tamanha felicidade. Não titubeou em um só momento. Obstinado, só queria alcançar seu objetivo.

Vestiu-se. Em um passe de mágica se tornou o super-herói, poderoso, estiloso, super, super! Voou pela casa, ensaiou lutas para defender a humanidade, ensinou ao irmão mais novo como um super-herói deve se comportar, mostrou os músculos e sentiu-se o mais poderoso.

Com passos saltitantes foi ao seu destino. Entrou pela escola com um sorriso no rosto e postura de super-herói. Feliz, orgulhoso e exibido. Só aguardava os comentários, e entre olhares, não mais que de repente, a confirmação:

- Paulo Henrique, como você veio lindo, com esta fantasia de Super Homem, para o nosso baile de carnaval!

Disse Tia Adriana, professora do Maternal II, na manhã dessa sexta-feira.

Ápice total...

Março

“...São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração...”
(Águas de março - Tom Jobim)

Essa música sempre fez parte da minha vida desde a infância. Mamãe gostava e eu logo aprendi. Cantávamos e ainda cantamos porque gostamos e também para fazer referência à chuva que por vezes nos visita em nossos aniversários, o meu no dia 14 e o dela no dia 31. É uma espécie de senha minha e dela, da cumplicidade de vários marços. Gosto da música toda, mas este pedacinho é meu e dela, somente nosso.

É o meu marco interno. É a certeza de que o ano começou, de que março vem para fechar os ciclos, as fases, por fim em sentimentos e começar outros. Uma amiga poderia até dizer que é um pensamento mágico, que na verdade o ano não termina ou não começa, que simplesmente segue o seu curso natural. Mas, amiga, sou pisciana, e esses pensamentos tão realistas não surtem muito efeito.

Há três anos, submergi nessas águas depois de uma tempestade. Não foi um encontro fácil com a maturidade, com a realidade, mas sobrevivi. E foi muito bom. Depois disso, sou mais eu, mais mulher! Posso até estar no meu inferno astral, mas nada atrapalha esse meu ritual. Então, que venham as próximas águas!

O lúdico

Cores, aromas – bons e nem tanto assim, sabores, sons, vozes, gargalhadas, choros, gritos – estridentes! E um inexplicável amor. Fácil não é, mas bem possível. Uma deliciosa brincadeira, muitas vezes penosa, mas que não deixa de ser gostosa. Filhos...

Gafe, gafieira...

Você sabe a origem do nome gafieira? Eu não, mas gostei de uma versão. Diz a lenda que um jornalista completamente alcoolizado – nossa, que estranho! - tentava insistentemente entrar num tradicional Salão Carioca. Como não conseguia entrar, começou a fazer um escândalo – onde já se viu jornalista fazer escândalo! - e gritava: “Isso é uma gafe, uma gafieira!” E assim o salão ficou batizado de Gafieira – lugar para dançar vários ritmos como samba, maxixe e outros.

Neste fim de semana foi inaugurado um Samba de Gafieira, de ótima qualidade, no salão social da AABB, em Brasília. Música ótima, bebida gelada e comidinhas de um bom gosto... A Mariana e Guga estão organizando o evento, que promete se repetir em breve. Vale conferir!

Oásis!

Contagem regressiva para o primeiro feriado prolongado do ano. E este, promete! Ao todo são 11 feriados nacionais neste ano, apenas um cai no domingo e nenhum cai no sábado. É a maior proporção nos últimos dez anos. Que delícia!

Como março é um dos poucos meses de seca, tratei de providenciar o meu oásis! Férias à vista! E não poderia ser melhor que emendado com o carnaval e em Salvador, e com toda a minha família. Toda mesmo: Rodrigo, Paulo Henrique, Thiago, Papai, Mamãe, Rosa, Renata, Pequi, Rafael, Flavinha, Nanda. E ainda tem o pessoal de Salvador mesmo. Será que a festa será boa?

Assim, a contagem regressiva é redobrada. Vou ver o Thiago ter contato com o mar e a areia pela primeira vez – já viajamos com ele, mas era bem pequenino; ver o Ike balançar as mãozinhas de felicidade ao ver a praia e brincar pra valer com a Nanda; a mamãe e a Rosa ficarem com a cor do verão em cinco minutos de sol – ai, que ódio!, o Rodrigo, Papai, Rafael e Pequi entornarem todas. E além de tudo, fofocar, gargalhar e fazer comprinhas, para não perder o costume, com a Rê e a Flavinha. Super verão!!!

Ah! E para quem interessar possa segue listinhas dos próximos feriados:

10/04 – Paixão de Cristo
12/04 - Páscoa
21/04 – Tiradentes/Aniversário de Brasília
01/05 – Dia do Trabalho (na verdade é porque é aniversário da Bel!)
11/06 – Corpus Christi
07/09 – Independência do Brasil (na verdade, também, é porque é aniversário da Patrícia)
12/10 – Dia das Crianças/Nossa Senhora Aparecida
02/11 – Finados
15/11 – Proclamação da República (é o tal, do domingo!)
25/12 – Natal

Minas tem praia!

Viagens de última hora são sempre as melhores. Essa foi assim. Fim de ano, todo mundo se programando para viajar e eu enlouqueci e programei uma viagem da noite para o dia. O melhor foi ver que a viagem foi ainda mais de última hora para a Rê e o Pequi, que embarcaram na minha e do Rodrigo quando as malas já estavam no carro. Destino: Mucuri, Bahia.

Depois de 1,5 mil km de estrada, chegamos doidinhos para comer uma bela moqueca. Lembrei que a cidade ficava próxima do Espírito Santo e até brinquei: “Será que vamos comer moqueca baiana ou capixaba?”

No restaurante, depois de mal avaliar o cardápio, para o garçom:

- Vamos querer moqueca de peixe!
- Pedido anotado. Mais alguma coisa?
- Ah, uma cerveja bem gelada e casquinhas de siri.
- Tudo bem!
- A moqueca tem dendê, né?
- Uai, dendê? Tem esse trem, não!
- E tem o quê? Açafrão?
- Tamém num tem. Só tem outros trens aí! Mas a moqueca é boa dimais!

Ai, meu Deus! Minas Gerais tem praia! Quem quiser conferir é só ir à Mucuri (que rima brega!). A cidade está na divisa de Minas Gerais com a Bahia. Mas Minas prevalece! A população, os turistas, os restaurantes da cidade... Acho que só dá para perceber mesmo que é Bahia, pela quebradeira, deira, deira...

Mãe de dois aos trinta...

Essa sou eu! Costumo não economizar nem nos adjetivos, nem nos pronomes possessivos, porque além de serem meus, são lindos, inteligentes, espertos, amáveis, espirituosos, adoráveis...

Entre os outros assuntos abordados Paulo Henrique, três anos, e Thiago, oito meses, estarão entre os mais constantes. Quero falar um pouco sobre o malabarismo de conciliar a vida de ser mãe de dois meninos, aos 30 anos, ser casadinha com o meu lindinho, trabalhar, administrar a casa e ainda ter uma vida social um tanto quanto frenética para quem tudo isso! Vai ser divertido!

Não Abra!

Ontem foi o lançamento do livro do Marcelito. Foi ótimo! Chiquérrimo ter amigo lançando livro... E os contos são interessantíssimos. Valeu Marceeeelo!!! Parabéns!!!

E além de tudo ainda encontrar amigos tão queridos e amados como Marinhozinho e Candinha! Amei!!!

Ai, que medo!

“...Não sabia se chorava ou se gritava. Não conseguia fazer nada, tal o medo que aquela figura me passava. Lentamente, ele virou-se para cima, na minha direção. Seus olhos eram brancos, como os de um cego. Mesmo assim, parecia me olhar. Um largo sorriso abriu-se em sua boca e ele ameaçou vir no rumo das escadas, para subir.
Eu ia dar um grito, quando mãos taparam minha boca e me puxaram para trás. Tentei emitir um som com toda a minha força, sem conseguir...”

Trecho do conto-título do livro do meu amigo Marcelo Araújo.

Não Abra - Contos de Terror

Lançamento: Nesta terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Local: Restaurante Carpe Diem (CLS 103)

Horário: 18h30

Trabalhar é minha sina, eu gosto mesmo é d’ocê...

Das várias empreitadas, sinto falta de algumas e confesso que mais cedo ou mais tarde vou voltar a me apaixonar com força total e será amor para a vida toda! Por enquanto estamos flertando... A pintura é a primeira delas. Ai, que saudade que dá! Ai, que falta me faz...

Dizem por aí...

Mamãe costumava dizer que eu parecia uma Nossa Senhora do Bom Começo. É isso mesmo! Uma categoria nova da beatificação! Não era do Bom Conselho, do Despacho, do Bom Parto, do Bom Sucesso, mas simplesmente do Bom Começo.

Era assim que mamis conseguia expressar, com bom humor, a rapidez que eu me interessava ou desinteressava por alguma coisa. E ela tinha razão! Nessa onda, fiz aulas de balé, jazz, violão, piano, pintura, artesanato, marchetaria, idiomas, colecionei papel de carta, fiz aulas de basquete, natação, joguei búzios, li cartas e estudei fotografia. Um primor de menina se tivesse ao menos terminado algum desses...

Confesso que, por algum tempo, fiquei meio incomodada com o que essa tal Nossa Senhora do Bom Começo poderia me causar. Hoje, sei que tive uma adolescência de fases e faces, bem-vivida e aproveitada, com leveza e sem tanto rigor. Isso tudo me fez ver que melhor profissão não poderia ter escolhido, porque dizem por aí que jornalista é especialista em generalidades...

Acho legal ser assim e, principalmente, contar sempre com o apoio de mamis querida, que apesar do sarcasmo, sempre apoiou minhas empreitadas. A mais nova investida é esse blog, onde poderei, quem sabe, falar das anteriores...

Enfim, aqui!

Rendida, resolvi juntar-me aos amigos blogueiros. Sem pretensões ou ambições, apenas devaneios tolos, ou não, e registros de uma balzaquiana, jornalista, filha única, mãe, mulher...