“...São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração...”
(Águas de março - Tom Jobim)
Essa música sempre fez parte da minha vida desde a infância. Mamãe gostava e eu logo aprendi. Cantávamos e ainda cantamos porque gostamos e também para fazer referência à chuva que por vezes nos visita em nossos aniversários, o meu no dia 14 e o dela no dia 31. É uma espécie de senha minha e dela, da cumplicidade de vários marços. Gosto da música toda, mas este pedacinho é meu e dela, somente nosso.
É o meu marco interno. É a certeza de que o ano começou, de que março vem para fechar os ciclos, as fases, por fim em sentimentos e começar outros. Uma amiga poderia até dizer que é um pensamento mágico, que na verdade o ano não termina ou não começa, que simplesmente segue o seu curso natural. Mas, amiga, sou pisciana, e esses pensamentos tão realistas não surtem muito efeito.
Há três anos, submergi nessas águas depois de uma tempestade. Não foi um encontro fácil com a maturidade, com a realidade, mas sobrevivi. E foi muito bom. Depois disso, sou mais eu, mais mulher! Posso até estar no meu inferno astral, mas nada atrapalha esse meu ritual. Então, que venham as próximas águas!
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
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