quinta-feira, 14 de maio de 2009

E agora que não tem mais solidão?

Resolvi fazer um curso de pintura numa época dessas de introspecção total. Foi um período em que morava sozinha. Acho que aproveitei a oportunidade e uma solidão proposital tomou conta de mim.

Além da pintura, toda semana passeava sozinha pelos shoppings e tinha minhas sessões de cinema, sozinha. Lia, assistia filmes e conversava com amigos. Saía pouco! Mas foi uma fase legal. Sozinha, me descobri mais interessante, mais independente e isso me abriu portas para uma fase breve e frenética de badalações.

Parei de pintar quando engravidei do Paulo Henrique, meu filho de três anos. É que as tintas são tóxicas e aos poucos fui sendo preenchida pela maternidade. E depois teve o Thiago...

Meus filhos são umas obras de arte! Talvez por isso a minha dificuldade em voltar às pinturas. E
também nem era tão boa assim. Mas é uma terapia ótima! Mas agora não tenho como ter uma solidão proposital e nem quero mais. A minha vida é movimentada, repleta de emoções. Talvez aí esteja a dificuldade em voltar a pintar. Estou tentando me redescobrir com pouca, ou nenhuma solidão! E isso para filha única não é tarefa lá das mais fáceis...

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