quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O que posso dizer do seu filho? Confesso que a pergunta me deixou tensa, afinal a última reunião de pais não tinha sido muito animadora - tive problemas com a professora, que graças ao bom Deus foi substituída, e o Paulo Henrique ainda estava se recuperando do nascimento do irmãozinho.

Mas a resposta logo veio: "Ele cresceu tanto! Teve um desenvolvimento maravilhoso nos últimos meses. É um rapazinho lindo, mãe! A concentração vai muito bem (esse foi um ponto importante porque até cheguei a achar que ele fosse hiperativo, assim como também achei que ele fosse daltônico - rs!), a relação com os colegas e o comprometimento também estão muito bons. E o vocabulário? O interesse pela leitura? Ele realmente é muito especial!".

Depois disso, vai dizer que a vida não é feita de momentos muito especiais? É sim! E esse foi um desses dias. Que ele é muito especial eu sempre soube, mas tem um gostinho a mais escutar isso de uma pedagoga. É isso mesmo, sou mãe coruja assumida e orgulhosa!!!

Mas confesso que não me aguentei mesmo quando olhei as tarefinhas desenvolvidas em classe. Uma delas era um desenho livre baseado na ficha do nome. Lembrei dos meus tempos de alfabetizadora e quase chorei.

O interessante é notar que não sobrou espaço para escrever o HENRIQUE na mesma linha, daí ele escreveu lá em cima QUE - ai, que orgulho!

Isso me remeteu ao passado... É que comecei a minha carreira profissional como professora na ENSA. Apesar de a escola ser da minha mãe tenho certeza, não só eu como todas as outras, de que eu era a professora mais cobrada. Isso é o que dá ser filha da diretora e da dona, e no caso se tratava da Dona Tânia. Hoje ela está ótima, virou avó!

Dava aula na turminha da alfabetização. Tinha a missão de fazer aqueles pequeninos ler e escrever. E não era só isso. Somente quem já trabalhou com criança saber o tanto que é envolvente, viciante e prazeroso esse trabalho. Tá bom, também é cansativo e tinham dias em que dormia com os gritinhos dos meninos na cabeça - mas é melhor que de um chefe chato, não é mesmo?

Sempre achei mágica essa fase de alfabetização. Uma descoberta incrível! Emocionei-me muito com muitos pequeninos que passaram por mim. Até hoje encontro alguns com dois metros de altura me chamando de tia - ossos do ofício (rs!). Brincadeira! É ótimo saber que fiz parte da vida deles!

Então a reunião na escola do Paulo Henrique foi um dia muito especial! Coisa mais gostosa é ser mãe, sem exageros! Uma felicidade, claro que como tudo na vida não é um sentimento tão simples assim. Tem dias em que estamos chateados com os filhos, cansados, desesperados, inseguros. Mas aprendi ao longo dos quatro anos de mãe que esses são apenas detalhes. Bom mesmo é tê-los perto e nos surpreendermos com o crescimento dos pequeninos.

2 comentários:

  1. amiga, que texto lindo!
    E que orgulho do seu filhote!
    Amiga, nem lembrava que vc foi professora! Nossa... viajei no tempo agora! Bj procês!

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  2. hello... hapi blogging... have a nice day! just visiting here....

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